segunda-feira, 21 de março de 2011

GANGUES DE ADOLESCENTES SÃO DESAFIO PARA FAMILIA E PODERES PÚBLICOS EM PETROLIA - PE


A morte do estudante de 16 anos, em frente à Escola Estadual Professora Adelina Almeida, onde estudava, trouxe à tona uma faceta da adolescência petrolinense muitas vezes ignorada pela própria família.
 

Segundo a polícia,  Lucas Adam da Silva, atacado e morto a facadas por dois outros jovens, teria sido  vítima de integrantes de gangues juvenis que existem na cidade.

A polícia afirmou, na ocasião, que há grupos formados por estudantes praticando atos de violência nas escolas e nos centros de compra da cidade. Disse que tem conhecimento de que os adolescentes  costumam marcar encontro para brigar e todos que se envolvem na briga querem se vingar depois.

A nossa equipe conversou com um jovem (que não será identificado nesta matéria) que revelou ser realidade a formação das chamadas ‘gangues’ em alguns bairros de Petrolina. Segundo ele, a chamada “PVT”, uma espécie de abreviatura da palavra “Pivete”, seria uma das gangues mais violentas. Esta seria formada por adolescentes do bairro Vila Eduardo e, constantemente, envolve-se no que chamou de “coisa pesada mesmo”.

Um outro grupo chamado “Ratatá”, formado por adolescentes do bairro Gercino Coelho, estaria também envolvido em questões da mesma natureza. O jovem confirmou a informação da polícia de que os grupos marcam encontros e – meninas e meninas, por exemplo, têm lotado o shopping nos sábados à noite para medir influência e força.

Perguntado sobre o que as famílias acham desse envolvido dos adolescentes com tais grupos, o jovem foi enfático em responder: “Na maioria das vezes, os pais nem notam que o filho tá numa dessa. E quando uma tragédia como essa última aí acontece, dá pra perceber isso, quando eles , chorando, dizem ‘meu filho não fazia nada a ninguém, não se envolvia em confusão’. É triste mas é a verdade”, explicou.

O jovem com quem o Folha conversou diz ainda que é nas escolas que o grande grupo se organiza. “É assim: se o cara ou a menina chega e não quer se juntar com um dos grupos na escola, vai sofrer muito nas mãos dos outros. Então, muitos acabam se envolvendo pra se proteger mesmo”, declara.

Por serem menores e estarem protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a Justiça pouco pode fazer em casos de violência nos quais esses  meninos e meninas se envolvem. Eles têm mesmo de encontrar nas famílias o limite, o controle, a  educação para se afastarem desse mundo paralelo em que têm se envolvido.

Essa, portanto, é uma realidade que desafia as famílias e a Justiça de Petrolina. O certo é que ignorar o fato pode levar parte da adolescência a uma condição sem volta, até porque é uma realidade que os leva diretamente para outro caos, que é o encontro com as drogas.

Na década de 80

Na década de 80, grupos chamados “galeras” também preocuparam famílias no Vale do São Francisco. Embora a motivação para, por exemplo, grupos rivais que se formavam entre Juazeiro e Petrolina fosse o ‘bairrismo’ entre as duas cidades, outras galeras de cada município tinham como estímulo a simples prática da violência. Foi necessário, naquela geração ainda protegida por valores consistentes no âmbito familiar, muito rigor para trazer  adolescentes de volta ao equilíbrio social e moral. Mesmo assim, muitos se perderam.
Atualmente, quando o núcleo “família” se mostra cambaleante, meninos e meninas tornam-se cada vez mais vulneráveis a esse tipo de atuação.Como se buscassem segurança e aceitação que não conseguem em casa. É um grande desafio para a sociedade.

sexta-feira, 18 de março de 2011

OBAMA NO BRASIL


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a primeira-dama Michelle e as filhas encerraram a passagem pelo Brasil na noite deste domingo (20) com uma visita a um dos principais cartões postais do país, o Cristo Redentor, no Rio.

Eles chegaram pouco depois das 21h, observaram a estátua em silêncio e foram até o mirante olhar a cidade do alto. Passaram cerca de 30 minutos no local. No fim da visita, o tempo ficou encoberto.




Obama chegou ao Brasil na manhã de sábado (19). Passou o dia em Brasíllia, onde foi recebido pela presidente Dilma Rousseff, e chegou ao Rio à noite. O presidente dos EUA e a família viajam nesta segunda-feira (21) para o Chile.

Discurso

O principal compromisso de Obama foi um pronunciamento ao povo brasileiro. O local escolhido para o discurso foi o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Artistas e políticos foram convidados para a cerimônia. Na lista, os atores Lázaro Ramos, Taís Araújo e Cristiane Torloni, a cantora Alcione e a ex-senadora Marina Silva (PV-AC).

Informal, o presidente dos Estados Unidos começou o discurso saudando o público com um português com sotaque: "Alô, cidade maravilhosa!", disse, sendo aplaudido. Também falou de futebol e citou o cantor Jorge Ben Jor e o escritor Paulo Coelho.

Em seguida, pregou uma relação de igualdade entre Brasil e EUA. Disse que os dois países não devem ser parceiros "sênior" e "júnior", mas "parceiros iguais".

Enquanto Obama discursava, manifestantes, desde bolivarianos a trabalhadores sem teto, protestavam na Cinelândia, isolados a cerca de cem metros da entrada do teatro. Sem conseguir acompanhar o discurso, eles vaiaram quando os primeiros convidados começaram a sair.

Na véspera, um protesto teve desfecho violento em frente ao Consulado dos Estados Unidos, com bombas de efeito moral e quinze pessoas presas.

Capoeira e embaixadinhas

Antes do discurso, o presidente dos EUA, a mulher e as filhas visitaram a Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Eles assistiram a apresentações de capoeira e percussão. Obama também tentou fazer embaixadinhas, mas, sem intimidade com a bola, desistiu.

Apesar da falta de habilidade com o futebol, ele ganhou uma camisa do Flamengo. A presidente do clube, Patrícia Amorim, entregou o presente ao se encontrar com Obama no campo da Gávea, utilizado pela comitiva para pousos e decolagens dos helicópteros.

Sem Obama, a primeira-dama, a mãe e as filhas visitaram o barracão da Unidos da Tijuca, na Cidade do Samba, durante a tarde. "Ela (Michelle) é muito simpática e ensaiou uns passos, até porque a gente deu uma aula de percussão e de dança", disse o carnavalesco da escola, Paulo Barros. Michelle interagiu com os integrantes da escola. Ganhou chocalho, tamborins, tomou água de coco e beijou a bandeira da Unidos da

Tijuca. "Ela é muito simpática, cumprimentou todo mundo e me chamou de linda", contou a porta-bandeira Jackellyne Pessanha.

quinta-feira, 17 de março de 2011

CATÁSTROFE NO JAPÃO, notícias 24 horas


NUMERO DE MORTOS POR TREMOR E TERREMOTO PASSAM DE 8.600

O número de mortes no Japão por conta do terremoto de magnitude 9 seguido por tsunami do dia 11 chega a 8.649, segundo balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (21) pela Polícia Nacional. Mais de 12 mil pessoas estão desaparecidas no país.

Segundo os números oficiais, a maioria dos mortos estão nas províncias de Miyagi (5.053), Iwate (2.650) e Fukushima (691).

O país ainda luta com as consequências do terremoto na usina nuclear Fukushima Daiichi, sob risco de um acidente de grandes proporções.

O número de mortos deve subir ainda mais.

Somente na província de Miyagi, as autoridades policiais acreditam que as mortes podem chegar até 15 mil pessoas. Até o momento, segundo informações da imprensa japonesa, os mortos na cidade chegam a quase 5 mil, além de quase 3 mil desaparecidos.

Ao todo, 360 mil pessoas foram retiradas das áreas de risco - entre elas os 200 mil habitantes da área ao redor da usina de Fukushima Daiichi.

Confira desastre no Video



A alta recente do petróleo e a tragédia no Japão são elementos novos que aumentaram o grau de complexidade da definição da política monetária, avaliou nesta quinta-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Segundo ele, a alta de até 24 por cento dos preços do petróleo desde o início de manifestações em países árabes cria um fator de incerteza sobre as expectativas de inflação e o crescimento global.

"A atual precificação desses movimentos pode ainda estar sujeita a mais surpresas caso grandes produtores não consigam nivelar a oferta global", afirmou em discurso na cerimônia de posse da nova presidência da Febraban.

Além disso, disse Tombini, as consequências do terremoto no Japão podem levar à interrupção de cadeias produtivas e repatriação de ativos japoneses, criando incertezas sobre a demanda por importados e sobre as taxas de câmbio.
"Diante desses novos desdobramentos, devemos continuar a observar atentamente o quadro internacional, inclusive o seu efeito sobre o ciclo global de crescimento e sobre preços dos ajustes nas políticas de importantes economias."


Os comentários vêm uma semana depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que no início do mês decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto, para 11,75 por cento, em meio a esforços do BC para conter a inflação.

De acordo com Tombini, o quadro atual da economia demanda "um esforço analítico mais sofisticado do que o usual", já que há pressões correndo simultaneamente em direções opostas.
No caso da inflação doméstica, além da alta das commodities em curso desde a segunda metade de 2010, há também uma pressão de preços mais persistente no setor de serviços, provocada entre outros motivos pelas condições positivas do mercado de trabalho.

Para Tombini, a junção desses fatores está criando um descompasso entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda, que "tende a recuar com a desaceleração da atividade".
Ele frisou o teor da ata do Copom de que o BC está ciente de que a inflação acumulada em 12 meses deve seguir elevada nos próximos meses também por causa da inércia trazida de 2010.

 JAPÃO AVANÇA NO CONTROLE DAS USINAS DE FUKUSHIMA



A Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) divulgou neste domingo (20) que o Japão está avançando no controle da situação no complexo nuclear de Fukushima Daiichi, segundo informações das próprias autoridades do país repassadas ao órgão da ONU.

Neste domingo (20), os reatores 5 e 6 da central nuclear - os menos afetados pelo acidente nuclear no local após um terremoto de magnitude 9 - foram colocados em desligamento frio. Isto significa que os sistemas de resfriamento estão estáveis e sob controle, com temperatura e pressão baixas dentro dos reatores.

Segundo a agência de notícias Kyodo News, o ministro da Defesa Toshimi Kitazawa a água dentro dos tanques de resfriamento dos seis reatores está abaixo de 100 graus Celsius.

Para a agência, a situação continua "preocupante" em Fukushima pois os reatores 1, 2, 3 e 4, com avarias no edifício que os acolhem, ainda apresentam riscos à área. A área de evacuação em torno da usina não será estendida, segundo o governo japonês.

A AEIA também divulgou informações sobre os recipientes que abrigam os restos usados do material radioativo dos reatores, confirmando que as estruturas usadas para resfriar os tanques foram comprometidas durante o terremoto.

ltamente perigoso, o combustível usado nas usinas é guarnecido em "piscinas" com água, que impedem o material de gerar novas fissões nucleares e evita o vazamento de radiação durante um período de até três anos. Quando o resfriamento deixa de existir, a água começa a ferver e a radiação pode se espalhar pelo ar. Explosões também são possíveis, o que mantém as autoridades japonesas em alerta.


Radiação

Amostras de iodo radioativo e césio foram encontradas em águas da capital Tóquio - distante 250 quilômetros do complexo nuclear - e de cinco províncias japonesas no sábado (19).
O leite e o espinafre das cidades de Fukushima e Ibaraki também apresentaram, após análise conduzida entre os dias 16 e 18 de março, índices de iodo radioativo acima dos normais.